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19 de maio de 2015

Motoristas de ônibus aceitam proposta e descartam greve

Funcionários terão reajuste de 9% e aumento nos benefícios; proposta aceita foi a terceira feita pelo sindicato das empresas

Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo aceitaram nesta terça-feira, 19, as propostas de reajuste salarial da classe patronal e suspenderam o estado de greve.

Essa foi a terceira proposta do sindicato das empresas de ônibus. Os funcionários terão reajuste de 9%, aumento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 600 para R$ 1 mil e do vale-refeição, que passará dos R$ 17,69 para R$ 19. Eles também passarão a contar convênio odontológico, segundo o SPUrbanuss, o sindicato patronal.

Um grupo de estudos será criado pelas empresas para debater a qualificação e diferenciação na carreira dos motoristas, que ganham o mesmo salário não importa qual tipo de veículo eles dirigem (micro-ônibus, trólebus, ônibus articulados etc).

Negociação. Na última assembleia do Sindmotoristas, no dia 14, o sindicato pedia reposição de 8% da inflação mais 7,5% de aumento real nos salários, além de vale-refeição de R$ 22 e PLR de R$ 2 mil. "Sabemos que não seremos atendidos em 100% do que estamos pedindo, mas queremos que os patrões melhorem a proposta", afirmou na ocasião o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores do Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, Valdevan Noventa.

Na terça-feira da semana passada, os trabalhadores realizaram uma paralisação de duas horas, afetando cerca de 675 mil passageiros, na estimativa da Prefeitura.

A SPUrbanuss (sindicato das empresas de ônibus) informou que também vai criar um grupo de estudos para discutir salários diferenciados para os motoristas de ônibus "especiais", como é proposto pela categoria. Hoje, quem dirige ônibus articulados, biarticulados e trólebus ganham o mesmo de quem dirige um micro-ônibus, por exemplo.

Estadão