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20 de janeiro de 2015

Passageiro fica até 50 minutos preso e anda por túneis do metrô de SP

Sem energia, a circulação da linha 4-amarela foi completamente interrompida por volta das 15h; ar-condicionado dos trens foi desligado, e os passageiros se viram forçados a acionar os botões de emergência

Com o apagão que atingiu dez Estados e o Distrito Federal, passageiros que estavam no Metrô de São Paulo chegaram a ficar 50 minutos presos dentro de um trem com ar-condicionado desligado na tarde desta segunda-feira (19). Sem energia, a circulação da linha 4-amarela foi completamente interrompida por volta das 15h.

O ar-condicionado dos trens foi desligado, e os passageiros se viram forçados a acionar os botões de emergência. Muitos caminharam pelos túneis entre as estações.

No mesmo horário, a cidade de São Paulo registrou 36,5ºC, maior temperatura desde o início do verão, segundo o Inmet. "O trem parou no meio do túnel, tudo escuro, sem ar-condicionado. Estava muito lotado, e as pessoas começaram a passar mal. Demorou 50 minutos para voltar a andar", conta o auxiliar de cozinha Alex Gonçalves, 36.

Ele mora em Osasco e, por causa da paralisação, demorou três horas para chegar em casa. Em dias normais, conta que leva 40 minutos. Por volta das 16h, os trens não circulavam no trecho entre as estações Luz e Paulista. A situação só se normalizou 40 minutos depois.
Grávida de oito meses, a vendedora Karine Pupo, 23, desistiu de tentar chegar à estação Luz para pegar o trem que a levaria até Mauá, cidade onde mora na Grande São Paulo.

"A linha 3 [alternativa à interrupção da linha 4] estava muito cheia, muito calor na plataforma. Não aguentei, resolvi esperar normalizar." Sentada no saguão da estação República, Karine esperou por quase 40 minutos até os trens voltarem a andar.

Confusão

Na estação Paulista, a falta de energia nos trens causou confusão entre passageiros e seguranças. Um usuário se revoltou e começou a gritar, pedindo o dinheiro da tarifa de volta.

"Os seguranças disseram que ele não podia se manifestar daquela forma. Tentaram levá-lo detido", conta o estudante Igor da Silva, 21. Outros passageiros, revoltados, começaram a chutar a porta do elevador onde o rapaz estava detido. Pressionados, os seguranças liberaram o homem.

Segundo a Via Quatro, empresa responsável pelo ramal, a falha ocorreu "por causa da oscilação de tensão na rede externa da Eletropaulo". Ao todo, 18 mil passageiros foram afetados durante a tarde. Pelo menos quatro pessoas sofreram mal súbito e tiveram de ser socorridas.

A linha 11-coral, da CPTM, também sofreu com o apagão, e a circulação dos trens ficou mais lenta

Folha