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28 de novembro de 2012

Calote deixa recarga de Bilhete Único fora do ar



SPTrans abre processo para descredenciar empresa que presta serviço dentro de 17 estações do
metrô. Serviço foi suspenso após atraso no repasse dos valores à prefeitura. Não há prazo para regularização

Milhares de paulistanos estão enfrentando dificuldades para fazer a recarga do
Bilhete Único no metrô.

Desde a tarde de anteontem, o serviço foi suspenso em 17 estações porque a SPTrans, empresa responsável pelo sistema de transporte público, não recebe os  repasses dos valores arrecadados pela Serviços Digitais.

A empresa é uma das quatro contratadas para realizar a recarga nas estações e  está há 15 dias sem fazer os repasses.

Há mais de duas semanas algumas máquinas já  apresentavam problemas, mas a SPTrans afirmava que
as falhas eram técnicas, e pontuais.

Ontem, a SPTrans admitiu o calote e abriu um processo para descredenciar a empresa e recuperar o dinheiro devido.  A Serviços Digitais já foi notificada e, caso o contrato não volte a ser cumprido integralmente, o processo de desligamento será efetivado.

De acrodo com a SPTrans, nos últimos meses a empresa já vinha atrasando os repasses. Por conta disso, a
prefeitura já aplicou 30 multas por descumprimento de contrato.  A prefeitura informa que aresponsabilidade
pela contratação da empresa é do Metrô (leia ao lado).

Nas estações ontem, passageiros reclamavam de estar pagando mais pelo transporte comprando o bilhete avulso, que não dá desconto no momento de fazer integração. Segundo a SPTrans, no total, são feitas diariamente 600 mil recargas de Bilhete Único na cidade. Não há prazo para a regularização da situação.

Procurado, o Metrô disse que instaurou processos administrativos e ameaça multar a empresa em R$
100 mil, para cada um dos dez contratos firmados com a companhia por má prestação de serviço.

O MP (Ministério Público) também deve abrir inquérito para investigar o caso.

A SPTrans afirma que os usuários podem recarregar seus bilhetes em um dos 10 mil postos de recargas espalhados pela capital. Também é possível fazer a recarga via internet, pelo site da SPTrans.

A reportagem do  Metronão localizou ninguém da empresa Serviços Digitais para comentar o caso.


Metrô é responsável por contrato com empresa.

A ASPTrans afirma, embora receba os repasses dos valores arrecadados, que a responsabilidade pelo contrato com as quatro empresas que prestam servi-ço de recarga do Bilhete Único, inclusive a Serviços Digitais, dentro das esta-ções é do Metrô.

Não é a primeira vez que os paulistanos sofrem com falhas no serviço de recarga dos cartões do Bilhete Único. Em fevereiro, máquinas de autoatendimento instaladas em 20 estações apresentaram instabilidade por cerca de uma semana.

Por causa dos problemas nos autoatendimentos, a SPTrans resolveu abrir uma licitação para a troca do data-center e do sistema de comunicação entre as má-quinas e a central.

Em funcionamento desde agosto de 2011, as má-quinas de autoatendimento foram instaladas por empresas privadas com o objetivo de diminuir as longas filas nos caixas com atendimento presencial.

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